há canções mortas grudadas no corpo
domingo nunca mais.
as roupas sujas de barro
araras, andorinhas, canários
fios elétricos cantando na solidão.
as aroeiras cresceram na ausência
seus galhos tortos ferindo os abraços.
as grotas invadindo o amor,
estranha saudade costurando a existência
os arames farpados esticados na linguagem.
mangas maduras esperando serem colhidas
mas outro é o alimento dos olhos.
aconteço dentro do suicídio cotidiano
os cadáveres gritam por dentro da angústia
estou por ser engolido pela fome.
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sandrio cândido
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