passaram cem anos seu eu ver o teu rosto,
prender a tua cintura,
passar o dia nos teus olhos,
questionar a tua sapiência,
e estar próximo do calor do teu ventre.
passaram cem anos que uma mulher me espera
numa bela cidade.
nós, nós estávamos na mesma rama,
nessa mesma rama.
caímos dessa mesma rama e separámo-nos.
e hoje cem anos nos afastam,
cem anos de caminho.
hoje faz cem anos que
por entre a escuridão
eu a procuro.
***
nazim hikmet ran
turquia, 1901 - 1963
*
* tradução de Pedro Calouste
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