Fecha só os olhos meu amor. E devagar
escuta os mesmos sons. A água
escorre para a sede quente:
areia de pés nus.
Encosta só o ouvido. Respira
esta harmonia deste corpo. Os mesmos sons
projectos do tamanho deste mar.
Suave esta espiral. Flauta de ruídos
para ouvir.
~E não se parte o corpo. Só pelos sons
os mesmos sons. Tocata para um dia.
Escuta. Compara. Não vês a diferença
entre o cantar e o ser
de uma alegria?
in Cinco Vezes Onze Poemas em Novembro
***
Manuel Rui (1941)
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