Murmuro o teu nome ao rés da relva
Murmuro-o
Em diagonal da terra ao céu azul
Radiante
Felicíssimo
Não entendo nada
***
alberto de lacerda
*
O rosto erecto
Dá impressão de inclinado
Por certa graça esplendente
De nobreza
Rio lindo chama pura
Aparição convergida
Pelos astros espantosos
Deixas-me o corpo o teu corpo
E o desenho da tua alma
Nas minhas mãos escultoras
Deixas-me a voz essa voz
Que guarda vozes no fundo
Dos seus véus de maravilha
Deixas-me véus maravilhas
A confiança na vida
e dois lábios esmagados
insuportáveis felizes
***
Alberto de Lacerda
Ilha de Moçambique (1928 - 2007)
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