Para que me servem exércitos de canções
Para que me servem exércitos de canções
E o fascínio da poética sentimental?
Para mim na poesia nada tem importância
A não ser os homens.
Quando souberes de que lixeira
Saem os versos, sem vergonha,
Como uma flor amarela na cerca,
Como um cacto ou como um cogumelo.
Um grito de fúria, alcatrão com cheiro fresco,
Boloe escondido na parede...
E a poesia já soa fervente, terna,
Para minha e vossa alegria.
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Anna Akhmatova
Rússia (1889 - 1966)
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[trad: manuel de seabra]
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