Crarearan as mans pola resequedade
están brancas de alerxias
están abafadas de células nai
mais muda a pel
como muda o pelo nos gatos de maio
cada intre que pasa son menos eu
e no espello só miro para ollo de sangue
infraestruturas quebradas
caen como os berros dos nenos e nenas
ao saíren das aulas
botan adrenalina pola boca
mentras eu trágoa rebozada de fume
soa a soedade nas campas da catedral
mentras pasa un carro hipotecado pola rua mollada
hai centos de maneiras de comunicarse
eu escollín a dos índios
sendo fillo de vaqueiros
cunha sensibilidade especial pólos sorrisos
que non gasto
que non vês pólo meu egoísmo
fundado por unha ética arcaica
pisoteada… en perigo de extinción.
***
Alfonso Rodríguez (1973)
Ourense – Galiza
****************************
Clarearam as mãos pela secura
estão brancas de alergias
estão abafadas de células mãe
mas muda a pele
como muda o pelo nos gatos de maio
cada instante que passa sou menos eu
e no espelho só olho para olho de sangue
infraestruturas quebradas
caem como os berros dos meninos e meninas
a saírem das aulas
deitam adrenalina pela boca
enquanto eu a devoro envolta em fumo
soa a solidão nos sinos da catedral
enquanto passa um carro hipotecado pela rua molhada
há centenas de maneiras de comunicar-se
eu escolhi a dos índios
sendo filho de vaqueiros
com uma sensibilidade especial pelos sorrisos
que não gasto
que não vês pelo meu egoísmo
apoiado por uma ética arcaica
espezinhada… em perigo de extinção.
[trad: cas]
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas