CAMIÑAN DESCALZAS POLAS ROCHAS,
fantasmas de sal habitan as sombras,
saben que as últimas mareas
esqueceron na praia os restos do naufragio.
As mulleres recollen cada noite
os tesouros de auga, líquidos e fráxiles,
rebélanse contra a Historia,
constrúen co mar as estatuas
que nunca permanezan.
As mulleres de sal, con sargazos de sombras,
xorden das últimas mareas
e tecen tesouros de auga cada noite
contra a Historia.
Elas, que saben que o efémero permanece.
***
Ana Romaní (1962)
Noia - Galiza
*******************************
Caminham descalças pelas rochas,
fantasmas de sal habitam as sombras,
sabem que as últimas marés
esqueceram na praia os restos do naufrágio.
As mulleres recolhem todas as noites
os tesouros de água, líquidos e frágeis,
revoltam-se contra a História,
constroem com o mar as estátuas
que nunca permanecem.
As mulheres de sal, com sargaços de sombras,
surgem das últimas marés
e tecem tesouros de água todas as noites
contra a História.
Elas, que sabem que o efémero permanece.
[trad:cas]
</p></style> </p>
</p>
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas