Adormecer num lugar onde promessas
Caminhassem sobre o rio impolutas,
Como ar fresco, noitibós ou conversas
Invisíveis sob as águas como trutas.
Reter o poente para não dispersar
Teu néctar de incêndio que a tarde enlaça
(E em cada vislumbre de ti ao luar
Uma sonata em estado de graça).
O perfume da resina do pinheiro
Mais não fosse que um longo passeio
Do teu vestido aceso e ligeiro.
Remasse eu assim numa noite de Verão
O teu palpitar de flores irrequietas
Pelas águas mansas, sem horas certas.
***
Rui Lage (1975)
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