Tomo o rumo dos que se refugiam
na derradeira estrela, a boca
é um tumulto de coisas luminosas.
A casa, ao longe,
impregnou de silêncio o céu e a terra, em tudo
se reflecte para a exaustão da brancura, o brilho
de uma sombra na cabeça.
O coração arrasa, esse perigo cúmplice
que pelo olhar nos prende
à vastidão do oiro, o rastro
de lua e mar no esplendor da viagem,
esse mistério que subtilmente magoa para sempre.
Há um feitiço
no teu perfil solar, conjura o espírito
para a intrepidez do resgate, explica a sede, desvenda
o anjo na escuridão do fogo.
***
Amadeu Baptista (1953)
Porto
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