Talvez sustentes o que do tempo os frutos
nos vinham entregar, se os vemos próximos
do calor encontrado nestas salas
tão longas que se fecham e consomem
uma minúcia clara, agora extinta
na polpa que se adoça, e em tua fronte
pousou e se adelgaça a transparência
de recortes simétricos, nas rugas
de panos – as verónicas – que exalam
a humidade pura, que das folhas
chegasse, quando as vemos desprendidas
noutras colchas mais fundas que sustentem
as molduras que cercam o sentido
de estar ausente a face que nos olha.
***
Fernando Guimarães (1928)
Porto
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas