Violinos de água, cavalos, veados de música,
florestas nocturnas de água e ciprestes.
E a lua, sempre.
Passa nos olhos, no cume da montanha,
a sombra que torna as palavras lentas
e os olhos turvos de espuma,
no silêncio espasmódico de beber gota a gota
o espaço que é assim,
lacustre nos olhos do assombro.
Porque falta o sol.
E um girassol de palavras que o possa abrir,
na noite, para cobrir a nudez, o vazio,
um esqueleto de nuvens em busca do oiro,
da vertigem,
desperto na erupção da bruma, do sangue,
a língua por dentro movendo o besouro negro
(antigo), onde tudo é intolerável,
entre paisagens aquáticas, dunas febris,
côndilos esfacelados, fragmentos de música,
magnólias, constelações,
linhas repassadas,
entre retalhos meniscais.
***
maria do sameiro barroso
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