como a mulher me derrama
sob as bençãos do meio dia.
Vejo teu quadro, Georgina,
é verão, estamos sós,
logo mais, a tarde
também cairá sobre mim.
Podemos falar
de ausência à ausência.
Até que teus visitantes,
com seus olhos desprezados pelo mundo,
me encontrem aqui
entre teus cabelos?
na vaporosidade do vestido?
É o modo como o teu corpo afasta
o tecido, o que te veste.
A duração da cor
movimenta o teu nome
entre a flor e o suor,
minha solidão.
***
roberta tostes daniel
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