Já primavera com dulçor agressivo
divulgam águias menstruais as meninas a pular a dança do natural desprezo ao vento sobre a corda ciclos de jogos e erupções subcutâneas garoando no mundo a alegria poderosa da tarântula enquanto rugem nos céus de cardos violados idealizações nos ventres de rubros cadillacs
(o fim repele urros do despertar – mamilos sugerem rebites boiando na bacia de aço)
Atravessa gritando os corredores: a faca em punho reflete um sinal de gordura e o desejo de transcender habitando a pura oração
respingos
de canção bucólica
cavam
(estão entre o trigo intestinos pulsantes da terra as aberturas para a insidiosa raiva subliminar) com as mãos saturadas de sal e cicatrizadas por mordidas de cães lança o balde de barro ao fulcro escuro onde começa se erguer um poço
O tempo é o mesmo a estação de sangrias e teares
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viktor schuldtt
s. paulo (brasil)
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