as crianças anãs da noite impuras
ardem como alma das deusas. das grandes vidas.
o ano é frio e a morte a duração.
cercam os cálices para parir um coração e um candelabro.
apressar estandartes nas rosas
para ensanguentar a cabeça e escavar uma manhã.
há peles tão nocturnas como baloiços.
e há túmulos tão lentos como se fossem.
como se os lenços sossegassem e a venosa caravana intacta
metamorfoseariam os faróis em assassinos de pérolas
as elegantes mandíbulas que o coração é de poro a poro
de ceptro a ceptro
e as vogais é sangrar tanto que se regressa.
o tubo de um órgão atravessa-o uma falcoaria
e o unânime negro lodo em júbilo.
***
cristina nery
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