humo y uma
filosofia de dedos acaricia o tigre
silhueta
onde o desenho
sobre a porta
aquece a lâmpada
um círio
entre imagens
uns pequenos encantos
na geometria cálida
desmedida fronteira de um verão
olhos cerrados
quase um espasmo
uma flutuação tênue e cadenciosa
enquanto mergulha
e o verde
são pequeninos pontos
ao longe um pedaço
da desgarrada hora
inútil
minuciosa
e a memória da chuva
às vezes feminina
maná que se oculta
para logo em seguida
emergir superfície
em cifras no anfíbio tear
redondilha
augúrio lampadário
spray
ou cenas do teatro nô
escutam se a si
miram mesmo seus sonhos
quase um mapa
nas delicadezas
e uma ave desavisada arrisca um pouso
perfuma de continuidade
o beiral ovalado
e as lises escamas nos azuis
de uma fotografia impensável
sílabas
na fábula
escrita antes luminosidade
ou fosse a casca
áspera
de um peixe.
***
jussara salazar
*
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