abro os braços para as cinzentas alamedas do cárcere
e como escrava vou medindo o vacilante silêncio das flâmulas
dentro do ventre da voz contida sento-me enquanto descanso
com o mono mais barato da família sagrada entre os pés
à passagem da lâmina pela superfície do abandono
escorrem fios do meu sangue sobre as costas do dogma
eis a maravilha reposta ao volante dos lábios
circulam-me pelas artérias todos os milagres do universo
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fátima vale
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