Desce enfim sobre a manhã
uma quietação de alma;
E ao subir o fecho da calça,
Esqueço a noite em que uma alemã,
Com falsa antipatia, quis um verso inglês.
A mão já não treme ao terceiro branco,
É com altivez que me chego ao quarto,
Pronto à hermética de tasco.
Entre solavanco e pernalta
Borreguei, então, ao modo gasco.
Fosse poeta noutra vida
Ou escriturário nos Douradores,
Com chuva lá fora e metafísica dentro,
A senhora teria métrica entre-perna,
Mais adequada talvez,
De quem mão não treme no final do mês.
***
nunes da rocha
*
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas