Hoje soube uma coisa extraordinário,
que morreste; talvez já to tenham dito,
embora o caso verdadeiramente não
te diga respeito, e seja assunto nosso, vivo.
Algo, de facto, deve ter acontecido,
porque nada acontece, a não ser o costume,
amor e estrume, quanto ao resto
tudo prossegue de acordo com o Plano.
Há apenas agora um buraco aqui,
não sei onde, uma espécie de
falta de alguma coisa insolente e amável,
de qualquer modo, aliás, altamente improvável.
Depois, de gato para baixo, mortos
(lembrei-me disso de repente,
agora que voltaste malevolamente a ti)
estamos todos. A gente vê-se um dia destes por Aí.
***
manuel antónio pina
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