Ali ninguém me espera. Nem eu disse
que queria ficar.
Um jantar solitário, a chuva a doer nos vidros,
um quarto simples e preparado à pressa.
Na manhã seguinte o ar era limpo como as palavras num bom poema
e as ruas e as casas, despidas de retórica,
desenhavam-nos o dia, simplesmente.
Sinto-me tão melhor nos lugares
que não fingem estimar-nos,
que não nos impõem memórias nem partilhas,
que se deixam simplesmente ser
e nos permitem não pertencer!
(Porque escrevemos sempre contra alguma coisa,
mesmo quando falamos de felicidade?)
***
luís filipe castro mendes
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