A coerência diz-me
Que já só me resta esse acto cobarde...
Antevejo dias de enorme sofrimento
E uma vida moribunda
A solidão engole-me até ser digerida
Pela putrefacção degenerativa da juventude
Não se vislumbra o paraíso
O inferno foi demais!
O comboio inter galáctico
Não chegou ainda à estação
O trilho percorrido
Ruela, íngreme a descida
A vida acaba aqui!...
Ponto final.
Não me ocorre outra coisa
Esse vazio.
A espera milagrosa
O pouco em que acredito
Se vou viver morrendo e a fé não chega
É tempo de deixar de ser proscrito!
***
mário joão ramos
tourinhas (vila real), 1964
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