"é a morte que faz falta à vida"
húmus, raúl brandão
percorre o corpo que se alonga dourado sobre a cor
púrpura
e resvala no abc de um ismo entontecido
ciclone infante
vadio
um sopro hidrogenado de um não metal amarelo
atravessa a fenda das sinapses
desdobra a brancura no papel e dá conservação ao
vinho
afunda-se na terra como toupeira vulcânica
ave tenra em fotossíntese
desregula o passo que desidrata nas salinas
e a curva da casa multiplica-se
no tráfego aéreo arbitrário
no grito aerofágico
o corte das artérias debrua o desespero
oscularia a vista de uma nova paisagem
nua
desavinda
sem memória
imoral
órfica
as mãos sonham a lira de apolo
o cérbero treme de insónia
sobre um telhado de lágrimas de ferro
***
fátima vale
*
19 de abril 2013
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas