Dizias: não se importe de perder
dinheiro com a sua revista de poesia. Pelo mesmo,
alguns empenharam jóias de família.
Naquele café com nome monetário
eras bem o poeta de Os Amantes Sem Dinheiro
mas sem anjo de pedra por irmão. Só
nas mesas vizinhas, grupos
buliçosos de estudantes de Belas-Artes, desconheciam ainda
a arte de caçar patrocínios.
Depois mudaste para o Duque, que
copiou o brasão à tua rua, para mais tarde passares
ao mar do Passeio Alegre e às palmeiras da Foz
que chegaram tarde à tua vida.
Mas acabaste por voltar às cercanias das Belas-Artes,
para descansar num Prado, pouco distante
do jardim de São Lázaro, onde segundo outro poeta,
costumavas medir o tesão das flores.
***
inês lourenço
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