As mãos são erguidas da espuma
dos bebedouros estancados
que revelam a morte como um ventre.
o lugar mais formoso da terra são as omoplatas dos animais gigantes
e as manjedouras.
queria um diário rente às amígdalas para luzir as espirais estancadas nos pés
que incham pelos reinos arredondados e azuis
onde a morte de uma flor é uma aparição.
.a largura inteira de um planeta.
a noite como um conto espásmico entre a carne
ou um meridiano secreto com leões de coração a meio
e uma vagarosa mulher branca
de seda e aloés.
morre-se de estrelas maduras
arqueando num fogo de prata das planícies
e apenas num dia
equilibra-se o umbigo tão no sangue
como se um ceptro de alta voltagem
na metade luminosa de Deus.
de beleza os incêndios nas ilhas em dias lunares
e as sementes de mel oficinais às ancas
e há uma feiticeira assobiada pelas fogueiras
nas fronteiras onde os pastores perpetuamente.
uma linha verbal irrespirável como calcário das artérias obsessivas.
e o mundo tem uma arte húmida e espaçosa como uma cobra.
***
cristina néry
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