no colo imaginário funde-se o tempo e o sonho
porque rasgas a fenda do espaço sináptico
pai
o antiquíssimo impulso dilacera
virás partilhar a espuma do mar na palavra inaudível dos olhos
pergunto
virás
as mãos cheias de mundo
soltarão juntas a melíflua dádiva
dá-me esse dia que eu entrego-te o brilho da criação
que sono dormes agora na inerte inquietude do corpo
renasces alado na curva do sopro
não existem pegadas no peito celeste das aves
todos nascem quando acordam
mestres de si
a alegria é a empresa que temos adiada
desprivatiza o silêncio e o pelourinho do sangue
a madrugada acende o canto de fogo
rego a horta por ti
crescem teus
inéditos risos nas folhas
que todos os dias se alongam verdejantes
guarda o sol dentro de ti
ansiolítica a noite quebrará o espelho
o lago renascentista fluirá suspenso
salgado
merífico na esfera azul
vou ajaezar o caracol
saio de coração às costas
já te abraço principalmente
fátima vale
*
19 de abril 2013
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