que até é difícil
o sol de fogo contorcido
ao redor do cone
ousaria ao tecto da videira
que os triângulos são rectos
se
ao mergulhar
amadurece a cor da cicuta
recordo o grito dos pavões
com a cauda de passos largos
e a zimbro decoro
o espírito eriçado do gelo
que há a mascarada planetária
e de epitáfios arranco
a algazarra do conforto do sol
que é tardio quando nos tapetes se misturam as laranjas
e se retiram as profecias dos galhos
de um bosque com uma estrada molhada.
sei que há um prato de bálsamo junto
às praias abandonadas de ameixas
e os pés manifestam ter uma companhia celestial
e um círculo de ruidosas colinas
que ao orvalho são fortuitas
e de esporas.
e de fêmeas.
e de pulseiras alagadas.
e de palcos
depois
do soalho dos nenúfares
tinha de ser imaginado junto
ao vermelho em que morremos sempre
acontecer
é
quando os modos da relva têm um domínio preto
reclinado nas histórias dos jarros
e um hino que assina um olho aos vinte e três ângulos
da anca da mais leve coroa
entre o ouvido e o aceso redondo da corda de metal
e a queda dos muros dos ecos.
***
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