St.º António é o meu pai,
S. Francisco meu irmão;
Os anjos são meus parentes,
Mas que linda geração.
A minha avó tem lá em casa
Um St.º António velhinho,
Em as moças não me querendo,
Dou pancadas no santinho.
St.º António de Lisboa,
Diz-se que és casamenteiro;
Fora isso coisa boa
Não ficavas tu solteiro!
St.º António, meu santinho,
nunca foi alcoviteiro;
Põe os noivos a caminho
Do amor mais verdadeiro.
St.º António vivei longe,
Nunca de nós se apartou,
E sempre presente esteve
Nos amores que consagrou.
Ao Menino, St.º António
Só um pedido deixou:
- Diz, quando chrgares ao Céu,
Que é de Lisboa que sou.
St.º António de Lisboa
Em Pádua foi acabar.
Deixou a cidade triste,
muita gente por casar.
St.º António era mestre
De prédicas e sermões,
Mas os milagres que fez
Foi sempre nos corações.
St.º António é um santo
Como não há outro igual;
Podem dizer que é de Pádua
Mas pertence a Portugal.
in A Lira do Povo (Quinhentas Quadras Populares)
***
selecção, organização de
José Fanha e José Jorge Letria
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas