Que longe entre os relvados
quando a alma avultava de vigorosos pensamentos, e ficava ilesa
eu seguia imune os solitários vidoeiros
sob o céu atravessado pela chama de ouro inútil
da cidade de arcádia.
E por nos ser indiferente a juventude; por
esse amor aos belos, pela noite submissamente aberta na mudez, a vida
porque tão perto do que passa,
era aquilo que o futuro ainda desconhece, iludindo o fim desse futuro.
Mas nós somos atraídos aos mortos jovens; amamos
com desdém a vida breve
para cairmos exaustos, excedidos no engano. Aquela, como escuras sebes,
reconcilia o fôlego sobre o peito - este
por ser o derradeiro, o que culmina, a voz raspada noutra voz, esse coração
que, nosso, não pensa no que nasce,
deixa ao caminho uma rosa possessiva, e julga o amor
pelo mesmo pensamento.
***
rui cóias
*
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas