Para curar-me, o feiticeiro
pintou tua imagem
no deserto:
areia de oiro - teus olhos,
areia vermelha - a tua boca,
areia azul para os cabelos,
e branca, branca areia, para as minhas lágrimas.
Pintou durante o dia, e tu
crescias como uma deusa
sobre a imensa tela amarela.
E pela tarde o vento dispersou
tua sombra colorida.
E, como sempre, na areia
nada ficou senão o símbolo das minhas lágrimas:
areia prateada
***
poemas dos peles vermelhas
*
[mudado para português por
herberto hélder]
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