Segunda-feira, 26 de Dezembro de 2011
ágata



Una herida abierta en la palma de la mano. Los ojos ensimismados observan cómo se hilvana la piel emulando el momento de la gestación. Palma contra palma, sonrisas simétricas a través del espacio.

El tiempo se quiebra;

al borde de la rotura, la expansión.

El cuerpo se desprende de sí mismo en un acto de inútil mímesis. La desnudez no deshace el error:

sigues siendo sólo tú.

 

 

***

 

maria salvador

 

granada, 1986

 

*

 

ágata

Uma ferida aberta na palma da mão. Os olhos ensimesmados observam como se alinhava a pele emulando o momento da gestação. Palma contra palma, sorrisos simétricos através do espaço.

El tempo se quebra;

à beira da rotura, a expansão.

O corpo se desprende de si mesmo num ato de inútil mimese. A nudez não desfaz o erro:

continuas sendo só tu.

 

*

 

[trad: cas]


lido em: http://www.labellavarsovia.com/autores/salvador.html

publicado por carlossilva às 00:05
link do post | comentar | favorito

Domingo, 25 de Dezembro de 2011
tu poema


A Eduardo Boix

Me gusta hacerte rabiar.
El objetivo conseguir que te enfades
está escrito en la lista de mis mayores logros.
Por eso a veces te dedico los versos
más herméticos
y te digo cosas terribles
para sacarte de quicio.
Has de saber, además,
que no compuse este poema
-tu poema-
escuchando esa música sacra
a la que me asocias
ni puse esa cara de tonta solemne
que imaginas.
Tampoco comulgaba con la luna en ese momento.
Simplemente me vino a la cabeza
mientras me secaba el pelo en el cuarto de baño.

 

***

 

julieta viñas arjona

 

valencia, 1980

 

*



 

Teu poema

 

Gosto de te por nervoso

O objectivo conseguir que te aborreças

está escrito na lista dos meus maiores êxitos.

Por isso às vezes te dedico os versos

mais herméticos

e te digo coisas terríveis

para te tirar do sério

Tens de saber, além disso,

que não compus este poema

- teu poema –

ouvindo essa música sacra

a que me associas

nem pus essa cara de tonta

que imaginas

Nem sequer comungava com a lua nesse momento

Simplesmente me veio à cabeça

enquanto secava o cabelo no quarto de banho.

 

*

 

[trad: cas]


lido em: http://www.labellavarsovia.com/autores/vinas.html

publicado por carlossilva às 04:17
link do post | comentar | favorito

Sábado, 24 de Dezembro de 2011
soneto de formol de D. Pedro para D. Inês de Castro

 

Não é por ainda te amar

que te coroo depois de morta:

tivesse-te amado um pouco mais

e talvez a casa tivesse sido velada,

e tu coroada rainha em vida

para que todos os homens

te admirassem enquanto eras bela,

e não agora que és só cadáver.

Trouxe-te à superfície não porque te amo,

mas porque te amei na minha euforia;

desenterrei-te não para te dar vida,

mas para me conformar que estás morta,

e quero que todos os homens te chorem

para que não me fuja essa certeza.

 

***

 

david teixeira

 

s. pedro do sul, 1990

 

*

 


lido em: Publico

publicado por carlossilva às 12:44
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2011
daumesnil

 



Se asemejan las libertades.
Materias contenciosas: el peligro de ir en línea recta.
En esta parada dibujamos círculos de oxígeno para el horror de la existencia.
Aún quedan esperanzas clavadas en los jirones del vagón.
Y entonces sobreviene el porqué de las cosas. De todos los sueños.
Casi dormidos. Sin estar alerta, podremos todavía imaginar.
Hay rastrojos y escombros en sus párpados
pero el vagabundo sabe de dónde vino.
El futuro es un vagón de metro.
Sonámbulos que gritan: vagabundos.
Quizá
sean los únicos que conozcan, a ciencia cierta,
su destino.


***

 

sara herrera peralta

*

 

[Daumesnil]


As liberdades parecem-se.
Matérias em contencioso: o perigo da linha recta.


Nesta paragem desenhamos círculos de oxigénio para o horror de existir.

Ainda se estucam esperanças cravadas nos interstícios do vagão.
Aí sobrevém o porquê da coisa. De todo o sonho.
A dormir quase. Desalertados, imaginando porém.

Restolho e escombros pelas pálpebras
sabe, entanto, o vagabundo donde provém.

O futuro é uma carruagem de metro.

Sonâmbulos que gritam: vagabundos.
Talvez
sejam os únicos que conheçam, de ciência certa,
o seu destino.

 

[trad: aam]

 



publicado por carlossilva às 12:33
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011
estas piernas húmedas no me pertenecen

 

Estas piernas húmedas no me pertenecen.
Caminan junto a mí, pero no son las mías.
Mi corazón sabio me sugiere que no me asuste, porque no son mías.
Mis piernas han desaparecido,
suplantadas por trozos de carne húmeda que no reconozco, que olvido.

El azul de los brazos,
la devoción de los labios,
el giro de la cabeza hacia el firmamento. Universo negro.

Creador de paraísos ajenos, ¿en qué dirección buscarte?

Virajes, latitudes, orientación en brújula.
Vergel de verdes pájaros y sonidos mansos,
explícame en qué cumbre. Explícame cómo. Y dime, ¿por qué esa altura?
Semejante altura para seres tan diminutos.

No puedo interrumpir ahora la huida. Iniciada está y seguiré.
Las piernas no mías me orientan.
Observador de mi escasez, háblame.
¿Cómo sabré que puedo detenerme?

 

***

 

pilar adón

 

madrid, 1971

 

*

 

Essas pernas húmidas não são minhas.
Caminham comigo, mas não são minhas.
Meu coração sábio sugere-me sábio que não entre em pânico, porque não são minhas.
Minhas pernas desapareceram,
substituídas por pedaços de carne húmida que não reconheço que esqueço.

O azul dos braços,
a devoção dos lábios,
virando a cabeça para o céu. Universo negro.

Criador de paraísos alheios, em que direção procurar-te?

Viragens, latitudes, orientação da bússola.
Jardim de pássaros verdes e calmos sons,
explica-me em que cume. Explica-me como. E diz-me porquê essa altura?
Tal altura para seres tão diminutas.

Eu não posso parar agora a fuga. Iniciada está e seguirei.
As pernas, que não são minhas, me orientam.
Observador da minha escassez, fala comigo.
Como é que eu sei que posso parar?

 

***

[trad: cas]



lido em: www.labellavarsovia.com

publicado por carlossilva às 12:56
link do post | comentar | favorito

Domingo, 18 de Dezembro de 2011
epígrafes, avulsas, de um poema para Antonin Artaud

 

o poema está, sempre, na dobra

do papel.

 

o poema gosta de esquinas

de moldura.

 

o poema prefere o papel pardo.

 

o poema sabe que só a morte é lisa.

 

***

 

emanuel jorge botelho

 

açores, 1950

 

*


lido em: Publico

publicado por carlossilva às 00:37
link do post | comentar | favorito

Sábado, 17 de Dezembro de 2011
anárquica distribuición de elementos


 

Una autobiografía es la suma de las mentiras que se pueden contar.
Yo soy tres elementos en desorden:

 

la niña participando en pruebas de cross,
sin poder dar marcha atrás, saltar la cinta, detener el paso;
la niña que odia el deporte porque en él no se puede perder

 

la adolescente acomplejada por no ser bonita,
lista sí, pero con las piernas demasiado grandes;
piernas que ni siquiera me sirvieron para correr

 

la mujer (joven, oscura) que aún fuma a escondidas,
elige los libros que quiere leer, la forma de abrocharse las camisas, la barra de labios;
las agujas del reloj decidiendo por ella sus pasos inseguros.

 

Mi autobiografía es la suma de las veces que mentí,
las que lloré,
las traiciones y soledades que vi a mis pies,
que regué en silencio.

 

Mi autobiografía es un fracaso inicial, la certeza de la muerte.
Asumir el absurdo para ver
los estragos que en vosotros causa la esperanza

 

***

 

alba gonzález sanz

 

oviedo, 1986

 

*

 

 

 

Anárquica distribuição de elementos

 

Uma autobiografia é a soma das mentiras que se podem contar.
Eu sou três elementos em desordem:

 

a miúda que participa em provas de cross

sem poder fazer marcha atrás, saltar de pista, deter o andamento;

a miúda que detesta o desporto em que não pode perder

a adolescente complexada por não ser bonita,
esperta sim, mas com as pernas demasiado grandes;
pernas que nem sequer me serviram para correr

 

a mulher (jovem, obscura) que ainda fuma às escondidas,
escolhe os livros que quer ler, a forma de abotoar as camisas, o batom;
os ponteiros do relógio por ela decidindo seus passos inseguros.

 

A minha autobiografia é a soma das vezes que menti,
das que chorei,
as traições e solidões que vi a meus pés,
que reguei em silêncio.

 

A minha autobiografia é um fracasso inicial, a certeza da morte.
Assumir o absurdo para ver
os estragos que a esperança provoca

 

*

[trad: aam]

 


lido em: http://meninasvamosaovira.blogspot.com

publicado por carlossilva às 00:01
link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2011
vuelto vudú



Eliminar el claror visual, estirar la ceguera
destejer el apogeo crudo y valiente
somos hélices aliviando la malea
sucios almireces atrayendo 

la concha de muchos moluscos.

Acá hay olor a
áspero acre acervado –agriado-
a caracol intentando trepar, solo húmedo
a tejido vertical añejo insano
despide buen olor –idílico-

Un declive por el que te dejas resbalar -acolchada-
una pendiente en el aire o un vehículo para flotar, 

una hamaca, columpio, mecedora
una red o una impresión de.

conducto que sugiere fuerza
precisa contorneación de un pinta labios
de un pulgar 

un manantial, un rostro, un fonógrafo 

un vuelto vudú, una feria, un rumbo
un caparazón esmeralda persuadido 

una raya, un tamaño, un colchón de pasto
un escaso, un mascar, un buñuelo
un núcleo
una voz
una alcabala
crudo afluir de la ruta
globulosa cresta real.

 

***

 

ana claudia díaz

 

santa teresita (argentina), 1983

 

*

 

 

Vudu de volta

Eliminar o esplendor visual, esticar a cegueira

destecer o apogeu cru e valente
somos hélices aliviando o perverso
sujos almofarizes atraindo 

a concha de muitos moluscos.

Aqui há cheiro a
áspero acre acervado –azedado-
a caracol tentando trepar, só húmido
a tecido vertical velhorro insano
despede bom odor –idílico-

Um declive por onde te deixas resvalar -acolchoada-

uma inclinação no ar ou um veículo para flutuar, 

uma espreguiçadeira, baloiço, cadeira abanante
uma rede ou uma impressão de.

conduta que sugere força

preciso contorno de um batom
de um polegar 

um manancial, um rosto, um fonógrafo 

um regressado vudu, uma feira, um rumo
uma carapaça esmeralda persuadida

uma raia, um tamanho, um colchão de erva
um escasso, um mascar, um folhado
um núcleo
uma voz
uma alcavala
cru afluir da rota
globulosa cresta real.


(trad: aa)

 

 


lido em: http://arditura.blogspot.com

publicado por carlossilva às 00:04
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2011
entre las uñas queda un rastro transparente

 

Entre las uñas queda un rastro transparente,

como el camino que marca el caracol en su

angustiosa huída. No sangran sus heridas. Se

rompe la espiral y la eternidad quebrada se

hace pura evanescencia. Como las babas secas

sobre el suelo de cemento. Y arden ahora bajo

sus pies las baldosas, espolvoreadas con migas

y blancas patas de araña. Abejas muertas.

Muchas hormigas. Ni aun cuando llueva podrá

desquitarse de esa pena, del colosal abismo

que se ha abierto como una herida. Que sí

sangra, pero no se desvanece. Dormir sobre la

hierba no es una buena idea. Los gusanos

y las lagartijas amenazan con entrar y arre-

batar lo poco que dentro queda. De su casa,

sus recuerdos. Quimeras escondidas entre la

tierra, entre el sarro de las tejas. Con una sola

piedra esta casa puede hacerse añicos. Sólo

entonces podrá entrar en la buhardilla.

 

Alguien parece estar mirando por la ventana.

Al menos él siente que observan cómo va

dejando su rastro de lágrimas como rocío

sobre las plantas. Y los insectos entre las

rosas le recuerdan cuán insignificante es, y lo

insoportable que se ha vuelto todo.

 

 

***

 

adriana bañares

 

 logroño, 1988

 

*

 

E X C R E S C Ê N C I A

 

Entre as unhas fica um rasto transparente,

como o caminho que o caracol marca na sua

angustiante fuga. As suas feridas não sangram.

Rompe-se a espiral, a eternidade quebrada

torna-se pura evanescência. Como as babas secas

no chão de cimento.  E ardem agora sob

os seus pés as laginhas polvilhadas de migalhas

e brancas patas de aranha. Abelhas mortas.

Muitas formigas. Nem mesmo quando chover se poderá

livrar dessa pena, do colossal abismo

que se abriu como uma ferida. Que sim,

sangra, mas não se desvanece. Dormir sobre a

relva não é uma boa ideia. Os gusanos

e as lagartixas ameaçam entrar e arrebatar

o pouco que ainda está dentro. Da sua casa,

das suas lembranças. Quimeras escondidas entre a

terra, entre o sarro das telhas. Com uma única

pedra esta casa pode ficar em pedaços. Só

então poderá entrar no sótão.   

 

Alguém parece estar a olhar pela janela.

ao menos ele sente que observam como vai

deixando o seu rasto de lágrimas como rocio

sobre as plantas. E os insectos entre as

rosas lembram-lhe o quão insignificante é, e o

insuportável em que tudo se tornou.

 

***

[trad: aam]


lido em: http://meninasvamosaovira.blogspot.com/

publicado por carlossilva às 00:17
link do post | comentar | favorito

Terça-feira, 13 de Dezembro de 2011
estavam a erigir a estátua

 

Estavam a erigir a estátua

     a São Francisco

em frente da igreja

         de São Francisco

             na cidade de São Francisco

numa ruela transversal

               à Avenida

                 onde nenhum pássaro cantava

     e o sol se erguia pontualmente

                    como é hábito seu

    e começava a iluminar

                 a estátua de São Francisco

          sobre a qual nenhum pássaro cantava

E um grupo de italianos velhos

               especados à sua volta

      na ruela transversal

            ali à Avenida

    contemplava os operários astuciosos

           que levantavam a estátua

    com roldana e cabrestante

           e variado equipamento

E uma chusma de jornalistas jovens

          bem abotoadinhos

     tomava nota das palavras

          dum padre juvenil

     que do seu lado aguentava a estátua

          com os seus argumentos

Entretanto

         enquanto nenhum pássaro cantava

           nenhuma Paixão de São Francisco

e enquanto os observadores observavam

                         São Francisco

           com os seus braços abertos

                    aos pássaros que não estavam lá

    uma donzela muito alta e muito puramente nua

                                virgem em folha

         com cabelo de palha longo e liso

e vestida só de um pequeno ninho de ave

             num sítio muito existencial

       passeava-se por entre a multidão

                              continuamente

e subia e  descia os degraus

             do pedetal da estátua de São Francisco

seus olhos modestamente baixos e cantando para si própria

 

***

 

lawrence ferlinghetti

 

*


lido em: Como eu costumava dizer

publicado por carlossilva às 00:38
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
agenda
18 de abril 2013 19 de abril 2013
Junho 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
14
15

18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30


posts recentes

fogo e água

pára-me de repente o pens...

si digo mar

infância

trapo de voz representa o...

nana para gatos a punto d...

sou uma coluna crematória

dois poemas

nacín vello de máis

uelen

arquivos

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

tags

a m pires cabral(4)

adelia prado(5)

adilia lopes(8)

al berto(6)

alba mendez(4)

albano martins(4)

alberte moman(8)

alberto augusto miranda(9)

alexandre teixeira mendes(11)

alfonso lauzara martinez(8)

alice macedo campos(13)

alicia fernandez rodriguez(5)

almada negreiros(4)

amadeu ferreira(8)

ana luísa amaral(6)

ana marques gastao(4)

andre domingues(5)

andreia carvalho(4)

antonio barahona(5)

antonio cabral(5)

antonio gedeao(5)

antonio ramos rosa(7)

anxos romeo(4)

ary dos santos(5)

augusto gil(4)

augusto massi(4)

aurelino costa(11)

baldo ramos(6)

bruno resende(5)

camila vardarac(9)

carlos drummond de andrade(5)

carlos vinagre(13)

cesario verde(4)

concha rousia(4)

cristina nery(5)

cruz martinez(9)

daniel filipe(5)

daniel maia - pinto rodrigues(4)

david mourão-ferreira(6)

elvira riveiro(8)

emma couceiro(4)

estibaliz espinosa(7)

eugenio de andrade(8)

eva mendez doroxo(8)

fatima vale(10)

fernando assis pacheco(4)

fernando pessoa(5)

fiamma hasse pais brandão(5)

florbela espanca(7)

gastão cruz(5)

helder moura pereira(4)

ines lourenço(6)

iolanda aldrei(4)

jaime rocha(5)

joana espain(10)

joaquim pessoa(4)

jorge sousa braga(6)

jose afonso(5)

jose carlos soares(4)

jose gomes ferreira(4)

jose luis peixoto(4)

jose regio(4)

jose tolentino mendonça(4)

jussara salazar(6)

luis de camoes(5)

luisa villalta(4)

luiza neto jorge(4)

maite dono(5)

manolo pipas(6)

manuel alegre(6)

manuel antonio pina(8)

maria alberta meneres(5)

maria do rosario pedreira(5)

maria estela guedes(7)

maria lado(6)

maria teresa horta(5)

marilia miranda lopes(4)

mario cesariny(5)

mia couto(8)

miguel torga(4)

nuno judice(8)

olga novo(17)

pedro ludgero(7)

pedro mexia(5)

pedro tamen(4)

raquel lanseros(9)

roberta tostes daniel(4)

rosa enriquez(6)

rosa martinez vilas(8)

rosalia de castro(6)

rui pires cabral(5)

sophia mello breyner andressen(7)

suzana guimaraens(5)

sylvia beirute(11)

tiago araujo(5)

valter hugo mae(5)

vasco graça moura(6)

virgilio liquito(5)

x. m. vila ribadomar(6)

yolanda castaño(10)

todas as tags

links
pesquisar
 
blogs SAPO
subscrever feeds
Em destaque no SAPO Blogs
pub