No sé si te lo he dicho: mi madre es pequeña
y tiene que ponerse de puntillas
para besarme.
Hace años yo me empinaba,
supongo, para robarle un beso.
Nos hemos pasado la vida
estirándonos y agachándonos
para buscar la medida exacta
donde poder querernos.
***
begoña abad
villanasur del rio oca (burgos), 1952
*
A medida de minha mãe
Não sei se te disse: minha mãe é
pequena
e tem de pôr-se em bicos de pés
para me beijar.
Há anos eu empinava-me.
suponho, para lhe roubar um beijo.
Passámos a vida
esticando-nos e baixando-nos
para encontrar a exacta medida
onde nos podermos amar.
*
[trad: cas]
Colecciono experiencias
como relojes, sellos o postales del extranjero,
como discos que usas
y no vuelves a escuchar.
He coleccionado siempre amores,
pasatiempo infame de mi generación,
amores desechables, para colgarlos
en cualquier estante como recuerdo,
hasta ayer mismo que encontré
tus ojos verdes en el rellano de la escalera.
***
balbina prior
villaviciosa de cordoba, 1964
*
Sempre colecionei amores
Coleciono experiências
Como relógios, selos ou postais do estrangeiro,
Como discos que usas
E não voltas a escutar.
Sempre colecionei amores,
Passatempo infame da minha geração,
Amores descartáveis, para pendurar
Em qualquer estante como recordação,
Até ao dia em que encontrei
Teus olhos verdes no patamar da escada.
*
[trad: cas]
Una: “En un diario de provincias, pero mucho trabajo”, me dijo, con voz grave. Ni a cuatro frases llegamos, ni a una cerveza después de la clausura de aquel congreso, nada. Entró tarde a la rueda de prensa, con su cara de pan de pueblo y sus manos de saco, y fue mi héroe. Porque protestó, y a mí me gustan los que protestan, es que los confundo con los valientes. Se sentó a mi lado para hablar con Julia, de Europa Press, y fue mi desasosiego. Porque me ignoró, y a mí me gustan los que me ignoran, es que los confundo con los interesantes. Dos: “Si vas para la calle Orense te llevo”, me dijo, sin afecto. Y fue mi delirio desde Ciudad Universitaria a Nuevos Ministerios. Porque todo en él era Enrique, y a mí me gustan los que nunca se mesan el cabello, es que los confundo con los que miran hondo. Tres: “No te voy a pedir permiso, luego me partes la cara si quieres”, me dijo, antes de besarme como nadie. Le di la hostia, obviamente, para no desmerecer. Ya dije que a las cuatro frases no llegamos. Ahora sólo leo el Andújar Información.
***
carmen camacho
alcaudete - jaén, 1976
*
trêsdehenrique
Primeira: “Num jornal regional, mas com muito trabalho”, disse-me, com voz grave. Nem a quatro frases chegámos, nem a uma cerveja depois do encerramento daquele congresso, nada. Entrou atrasado na conferência de imprensa, com a sua cara de pão de lenha e as suas mãos de saco, e foi o meu herói. Porque protestou e eu gosto dos que protestam, é que confundo-os com os valentes. Sentou-se ao meu lado para falar com a Júlia, da Europa Press e foi o meu desassossego. Porque me ignorou e eu gosto dos que me ignoram, é que confundo-os com os interessantes. Segunda: “Se vais para a rua Orense, levo-te”, disse-me sem afecto. E foi o meu delírio desde a Ciudad Universitária até aos Nuevos Ministérios. Porque tudo nele era Henrique e eu gosto dos que nunca arrancam cabelos, é que confundo-os com os que olham com profundidade. Terceira: “Não vou pedir-te licença, depois partes-me a cara se quiseres”, disse-me antes de me beijar como ninguém. Dei-lhe uma chapada, obviamente, para não desmerecer. Já disse que não chegámos às quatro frases. Agora só leio o Andújar Información.
*
[trad: aam]
queria-te como aos frutos
dando cor à casa
e comer-te no momento da fome
queria-te lobo
e eu loba no cimo do monte
livres como a lua
o uivo ejacularia estrelas
queria-te agora
montanha de desejo
raposa poema
um animal nunca está só
***
fátima vale
oshakati (namíbia), 1975
*
Lavara as mãos em sangue antes de jantar tremoços.
Era a educação dos limpos.
Dos Judas de espelho em casa e palito na boca.
Dos sem culpa numa vida de lavatório com germes.
Era fácil não querer saber dos outros.
Do gato, da mãe acamada, do filho sem papa e sem dentes ainda.
Do filho que dizia não ser seu enquanto se coçava e via o futebol.
- És uma puta! E tenho mais em que gastar o meu dinheiro.
E estava feita a oração antes da ceia.
E da varanda que é também sala de estar, subia o fumo da mulher do batom vermelho que aquecia a rua.
- Mas que caralho pensas que é isto?
E havia menos um prato inteiro que lavar.
Se a conta da água estivesse paga.
Se houvesse água em casa.
Choro, vidro, golo, menos outro prato, ralho, estalo, grito, copo voador, berro, copo partido no chão, tremoço, vizinho apaga a luz, falta, casca de tremoço, murro, intervalo de jogo, outro vizinho finge que não está a ver nada, resultado 2-1, pum, silêncio.
Sirene do INEM.
Quando alguém leva um tiro no meu bairro, aparece sempre a sirene do INEM apegada a uma ambulância amarela.
Depois volta a haver silêncio, fecha-se tudo em casa, os gatos esgueiram-se por entre os caixotes do lixo podre que ninguém recolhe e a mulher do batom vermelho desaparece nuns mínimos que fogem de carro.
Eu vou lavar os dentes e tentar dormir.
Mas nem sempre consigo...
***
bruna pereira
ponte de lima, 1983
*
1
Está uma pessoa feminina deitada na cama. Só é possível ver o lado dela da cama. Não sabemos se há outro lado. Não sabemos se ela ocupa sozinha a cama. A luz varia entre o azul e a prata. A cabeça sangra uma hemorragia de cabelo. O rosto é bonito. A luz é lateral. São três horas da manhã.
2
Não sabemos se há outras pessoas em casa. Sabemos que ela dorme. Não sabemos se dorme só. Sabemos, só, que dorme. Agora, ela acorda de repente por causa dos ramos na vidraça.
3
Há uma árvore do exacto tamanho da casa junto à casa. A casa é grande. A árvore também é grande. Foram semeadas no mesmo dia – a árvore e a casa.
4
Às vezes, o depois vem primeiro do que o antes. Por isso vai e volta o Tempo. Por isso ficam árvores e casas. A diferença é o nascimento mortal. A rapariga nasceu naquela casa. E naquela casa dorme. Dorme – até que acorda com o raspar dos ramos na vidraça.
5
“Há quanto tempo nasceste?” – ouvimos nós uma voz dizendo. E outra voz – “E há quanto tempo morreste?” A rapariga acorda – abre os olhos no azul, abre os olhos na prata.
6
Devem ter soltado o cão, alguém deve ter soltado o cão. A voz dele picota a madrugada de roucas reticências. O vento faz “vim, vão, vêm…” Ela não vai. A rapariga acorda e fica.
7
São os ramos na vidraça. A casa é enorme. O vento é enorme também. Também a casa. A rapariga dormia. Agora, já não. Os ramos raspam. O cão existe. Os olhos do cão fosforescem como os olhos da rapariga. Os mundos cruzam-se como se o cio fosse a única razão.
8
Uma árvore é sempre solteira. Os arbustos são promíscuos, sim, mas as árvores não. Que diferença faria, ao mundo, se uma árvore recusasse a ordem natural do mundo?
9
A casa é grande, a vida não é grande. Há maneiras de falar. Nós sabemos que estar acordado é outra coisa. A rapariga acordou por causa dos ramos na vidraça. É outra coisa.
10
Lá fora, a manhã nasce como se fosse a primeira vez. Um calhau rola nos espaços. A rapariga aproveita para se levantar. Abre a janela. Não há nada a recear. Está ali a árvore, está ali o dia, está ali o cão. Olha, diz adeus ao cão.
***
daniel abrunheiro
coimbra, 1964
*
o simbiótico lume de solidão é um lapso humano
nas regiões distantes do transe
como efeito do lusco-fusco
opera uma nítida inibição da alegria
como um magma que cobre a terra junto ao casco do húmus
o parto da vida é não haver parto nenhum
só uma recombinação de forças numa tarde de vénus na espuma
do tempo
as tristezas talvez existam...
as dores do corpo...
e tudo o mais...
prefiro esta terra de sonho e aguardar por uma princesa que é um peixe
de sal sobre a lua
a minha cara espreita na língua do sol
***
carlos vinagre
*
poderia
pensar na sua estirpe
procurar a linhagem das palavras
arrancando-as pela raíz
e resgatando-as do limbo
de serem palavras sem tema
poderia
senti-las crescer
nos seus braços incontidos
através do corpo de qualquer folha
ou ramo da imaginação
poderia
escrever o poema com sangue
no desejo voraz de obstar
os pudores poéticos que calcinam o verbo
observando-o vogar
sem letras castradas
nem métricas induzidas
poderia
dizer que o poema
movimenta palavras como manchas vivas
não se embarga em metáforas
nem se rende aos vocábulos remidos
a ferro e fogo
da qualquer íntima consciência
( livre, habitável, transitável
e aberto ao sexo das palavras opostas )
poderia
ressalvar que o poema
não se escraviza na génese da reflexão
nem no arquétipo obsoleto do tempo
que tictateia nos relógios da humanidade
ou…salientar que o poema
pedra verbal que desconstroi o altar do próprio verbo
não nos escolhe ao dizer-se
ao escrever-se ao ouvir-se
nós, servis ao poema
é que nos moldamos ao seu corpo
poderia
deixar de pensar
para que não me restassem dúvidas sobre o poema
***
ana almeida santos
porto, 1968
*
Este é o poema do amor.
Do amor tal qual se fala, do amor sem mestre.
Do amor.
Do amor.
Do amor.
Este é o poema do amor.
Do amor das fachadas dos prédios e dos recipientes do lixo.
Do amor das galinhas, dos gatos e dos cães, e de toda a espécie de bicho.
Do amor.
Do amor.
Do amor.
Este é o poema do amor.
Do amor das soleiras das portas
e das varandas que estão por cima dos números das portas
com begónias e avencas plantadas em tachos e terrinas.
Do amor das janelas sem cortinas
ou de cortinas sujas e tortas.
Este é o poema do amor.
Do amor das pedras brancas do passeio
com pedrinhas pretas a enfeitá-lo para os olhos se entreterem,
e as ervas teimosas a nascerem de permeio
e os homens de cócoras a raparem-nas e elas por outro lado a crescerem.
Do amor das cadeiras cá fora em redor das mesas
com chávenas de café em cima e o toldo de riscas encarnadas.
Do amor das lojas abertas, com muitos fregueses e freguesas
a entrarem e a saírem, e as pessoas todas muito malcriadas.
Este é o poema do amor.
Do amor do sol e do luar,
do frio e do calor,
das árvores e do mar,
da brisa e da tormenta,
da chuva violenta,
da luz e da cor.
Do amor do ar que circula
e varre os caminhos
e faz remoinhos
e bate no rosto e fere e estimula.
Do amor de ser distraído e pisar as pessoas graves,
do amor de amar sem lei nem compromisso,
do amor de olhar de lado como fazem as aves,
do amor de ir, e voltar, e tornar a ir, e ninguém ter nada com isso.
Do amor de tudo quanto é livre, de tudo quanto mexe e esbraceja,
que salta, que voa, que vibra e lateja.
Das fitas ao vento,
dos barcos pintados,
das frutas, dos cromos, das caixas de tintas, dos supermercados.
Este é o poema do amor.
O poema que o poeta propositadamente escreveu
só para falar de amor,
de amor,
de amor,
de amor,
para repetir muitas vezes amor,
amor,
amor,
amor.
Para que um dia, quando o Cérebro Electrónico
contar as palavras que o poeta escreveu,
tantos que,
tantos se,
tantos lhe,
tantos tu,
tantos ela,
tantos eu,
conclua que a palavra que o poeta mais vezes escreveu
foi amor,
amor,
amor.
Este é o poema do amor.
***
antónio gedeão
*
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