O problema non foi encontrarte,
o problema é esquecerte.
O problema non é a túa ausencia,
o problema é que me doe.
O problema non é que xogues,
o problema é que é comigo.
O problema non é o que dis,
o problema é o que calas.
O problema non é que mintas,
o problema é que te creo.
O problema non é quererte,
o problema é...
que ti non sintas o mesmo.
***
Ana Silva (1977)
Ourense - Galiza
*****************************************
O problema não foi encontrar-te,
o problema é esquecer-te.
O problema não é a tua ausência,
o problema é que me doi.
O problema não é que jogues,
o problema é que é comigo.
O problema não é o que dizes,
o problema é o que calas.
O problema não é que mintas,
o problema é que acredito em ti.
O problema não é querer-te,
o problema é...
que tu não sintas o mesmo.
[trad: cas]
I
Falo coa miña lingua irada,
coa rabia da brétema nos ollos,
coas palabras-farrapos culpantes
de tanto ladroício, coas bágoas,
o ferro, o veneno, a auga turba,
a lama dos pozos sen peitoril nin dono,
a fereza dos cazadores doutrora
-os que amansaban falcós e miñatos-
coa fala dos saqueadores de eirexas,
a lingua maldita dos asasinos,
dos saltadores de camiños,
de tódolos bandoleiros sen perdón
e dos guerreiros mercenarios,
a fala muda dos pobres de pedir
e dos cás escorrestados da lareira.
Falo coa miña fala vagamunda,
cos berros das mulleres no parto,
coa voz de cada condenado deste mundo,
de cada exiliado da vida.
II
Falo a un tempo a fala doce dos amantes,
falo prós amantes máis que nada
e pra tódolos que, por causa do amor,
sofren e calan a súa desdita.
Falo a fala dos poetas que están mortos,
coas súas mellores palabras,
coa súa palabra esquencida falo,
coa voz amantiña dos irmaos benqueridos,
coa vella pregalla que levo escrita no sangue
desde hai tanto e que foi inocente un día.
***
Pilar Cibreiro (1952)
Vilaboa -- Ferrol (Galiza)
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Falo com a minha língua irada,
com a raiva da névoa nos olhos,
com as palavras-farrapos culpáveis
de tanto roubo, com as lágrimas,
o ferro, o veneno, a água turva,
a lama dos poços sem peitoril nem dono,
a bravura dos caçadores de outrora
- os que amansavam falcões e gaviões -
com a fala dos saqueadores de igrejas,
a língua maldita dos assassinos,
dos saltadores de caminhos,
de todo os bandoleiros sem perdão
e dos guerreiros mercenários,
a fala muda dos pobres de pedir
e dos cães escorraçados da lareira.
Falo com a minha fala vagabunda,
com os berros das mulheres no parto,
com a voz de cada condenado deste mundo,
de cada exilado da vida.
II
Falo a um tempo a fala doce dos amantes,
falo prós amantes mais que nada
e pra todos os que, por causa do amor,
sofrem e calam a sua desdita.
Falo a fala dos poetas que estão mortos,
com as suas melhores palavras,
com a sua palavra esquecida falo,
com a voz amiga dos irmãos bem-queridos,
com o velho pregão que levo escrito no sangue
há tanto tempo e que foi inocente um dia.
[trad: cas]
DEIXA que te imaxine neste inverno de rosas
e harmonía. De aromáticas horas
devalando nos pregos do teu corpo,
na cálida ambrosía do teu sexo:
esa doce nudez inusitada
que invita a posuirte a cada intre.
A percorrerte despacio
na lentura das noites, na certeza do clímax.
Trazando un cadro abstracto de versos e saliva.
E nomearte logo, sen pronunciar palabra,
convocando o silencio,
impregnados de pole e de loucura longa,
amándonos nun gozo indescritible
neste inverno de rosas e harmonía.
***
Modesto Fraga (1974)
Fisterra – A Coruña (Galiza)
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DEIXA que te imagine neste inverno de rosas
e harmonia. De aromáticas horas
diminuindo nas rugas do teu corpo,
no cálido manjar do teu sexo:
essa doce nudez inusitada
que convida a possuir-te a cada instante.
A percorrer-te devagar
na humidade das noites, na certeza do clímax.
Traçando um quadro abstracto de versos e saliva.
E nomear-te logo, sem pronunciar palavra,
convocando o silêncio,
impregnados de pólen e de loucura longa,
amando-nos num gozo indescritível
neste inverno de rosas e harmonia.
[trad: cas]
Agora sabemos que o mar ten moitas voces,
adiviñamos os horizontes grises desde a casa
procurando acaso as luces dun navío
que dispersen a bruma espesa dos abetos.
Agora sabemos que o mar ten moitas voces
e que arden os mastros nas illas desoladas,
que declina fugazmente o lento outono
ensombrecendo a tarde tranquila na arboreda
en tanto chegan as barcas silenciosas.
Agora sabemos que un vento estremece a duna
e a murcha enredadeira das paredes,
recollemos ecos tristes alá no acantilado
sen reparar en que unha luz vai disipando
a confusa sombra evanescente da ribeira,
extinguímonos como os rostros do pasado
tediosamente ensumidos na contemplación das naves
para non rendernos ante o regreso
de palabras precipitadas entre os bosques,
dun instante de tristura xunto ao faro
na cálida tarde perdida de novembro.
Agora sabemos que o mar ten moitas voces,
que un amargor calmo estreita os corpos
cando camiñamos lentamente pola praia
contemplando as augas densas baixo a lúa,
soñando unha barca iluminada cada noite.
***
Martín Veiga ( 1970)
Noia - A Coruña (Galiza)
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Agora sabemos que o mar tem muitas vozes,
adivinhamos os horizontes cinzentos a partir da casa
procurando talvez as luzes dum navio
que dispersem a bruma espessa dos abetos.
Agora sabemos que o mar tem muitas vozes
e que ardem os mastros nas ilhas desoladas,
que declina fugazmente o lento outono
ensombrando a tarde tranquila no arvoredo
enquanto chegam as barcas silenciosas.
Agora sabemos que um vento estremece a duna
e a murcha trepadeira das paredes,
recolhemos ecos tristes lá no alcantilado
sem reparar que uma luz vai dissipando
a confusa sombra evanescente da ribeira,
extinguimo-nos como os rostos do passado
tediosamente sumidos na contemplação das naves
para não nos rendermos perante o regresso
de palavras precipitadas entre os bosques,
dum instante de tristeza junto ao farol
na cálida tarde perdida de novembro.
Agora sabemos que o mar tem muitas vozes,
que um amargor calmo estreita os corpos
quando caminhamos lentamente pela praia
contemplando as águas densas sob a lua,
sonhando uma barca iluminada cada noite.
[trad: cas]
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
***
Manuel Alegre (1936)
Águeda - Portugal
viches como a serie de acontecementos non conseguiu apagar
os teus passos
e corriches canto puideches para entrar a tempo no círculo,
mais o outono traía
ollos cheos de rabia, ollares e ollares a devolveren o xeo que
botaras pola boca ti,
canto animal debruzado no espello, cantos paraísos e
fertilidade e nocións claras e distintas das cales dispuñas
como se os planetas e estrelas todos respondesen á tua voz,
vidro quente, metal líquido, unha vez cazado o demo que
te pariu, xa nada che parece imposíbel, xa nada pertence
a ninguén, unha sólida paisaxe, unha nube desas de sabor
incerto, o teu pasado cartón-pedra-tesouro, o material
erótico da princesa na torre do método cartesiano,
logo coñecín un pintor sen armas e así era, así, todo el cara
ao horizonte, e amei nel a negrura, e a derrota, e os
nomes, AUTUMN TEARS,
LACRIMOSA, NARSILION, bocas a aseguraren unha
redención innecesaria, valai porque deixei aquela fe, a
flor atravesando o coitelo, a proximidade, NUMEN,
idioma ferido pola beleza, beleza destinada a morrer nos
ollos do espectador, e converterse en mensaxe, quérote,
ANIMAL HUMANO, RACIONAL, ESPELLO
INMUTABILIDADE SEXO SEM ARMAS SEM
ALMA SEM nomes, os nomes
era preciso crear un universo para traerte outra vez á memoria,
NUMEN, o meu amor polo deus hastado,
eras ti,
na ausência de voces, de linguas, de luces de neon, de cores
brillantes, obtiven a alta médica e mudeime ao interior do
volcán, así quentiña, paso todo o dia a esmagar
A matéria da cal están feitos os soños
***
Raida Rodriguez Mosquera (1980)
Ourense - Galiza
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viste como a série de acontecimentos não conseguiu apagar
os teus passos
e correste quanto pudeste para entrar a tempo no círculo,
mas o Outono trazia
olhos cheios de raiva, olhares e olhares a devolverem o gelo que
deitaras pela boca tu,
quanto animal debruçado no espelho, quantos paraísos e
fertilidade e noções claras e distintas das quais dispunhas
como se os planetas e estrelas todos respondessem à tua voz,
vidro quente, metal líquido, uma vez caçado o diabo que
te pariu, já nada te parece impossível, já nada pertence
a ninguém, uma sólida paisagem, uma nuvem dessas de sabor
incerto, o teu passado cartão-pedra-tesouro, o material
erótico da princesa na torre do método cartesiano,
logo conheci um pintor sem armas e asim era, asim, todo ele rumo
ao horizonte, e amei nele a negrura, e a derrota, e os
nomes, AUTUMN TEARS,
LACRIMOSA, NARSILION, bocas a assegurarem uma
redenção desnecessária, eis porque deixei aquela fé, a
flor atravessando a faca, a proximidade, NUMEN,
idioma ferido pela beleza, beleza destinada a morrer nos
olhos do espectador, e converter-se em mensagem, quero-te,
ANIMAL HUMANO, RACIONAL, ESPELHO
IMUTABILIDADE SEXO SEM ARMAS SEM
ALMA SEM nomes, os nomes
era preciso criar um universo para trazer-te outra vez à memória,
NUMEN, o meu amor pelo deus com hastes,
eras tu,
na ausência de vozes, de línguas, de luzes de néon, de cores
brilhantes, obtive a alta médica e mudei-me para o interior do
vulcão, assim quentinha, passo todo o dia a esmagar
a matéria da qual estão feitos os sonhos
[trad: cas]
E atravesados pola barriga
Ela e eu
Morremos xuntos cada mes
Como se a cera das rúas
Estivese máis mesta
E os barcos afundisen
Baixo a pel das grúas.
Explícame sen ferirme
O tránsito do deserto
Cantos son os nenos
Que morreron nos portais
Deixándose os labios
Baleiros de memoria
Cantos son os animais que nos quedan
E quen nos roubou o abecedario dos ollos.
Cántame outra vez a canción da balea
Mentres absorbes o rastro do meu nome
Mentres me enches o lombo de cristais
E o corazón constrúese
No latexo oposto.
Dime se se pode medir
A distancia que separa
A túa boca do meu ventre
O cemiterio de peixes
Onde habitan as algas
O lugar exacto dos corpos
Onde nos matamos cada vez
Mais xuntos.
Arríscame os brazos
As medusas
Ó xogo da pedra
Doéme a hora en punto en que nacemos
E se me quedan ondas
Quizais entre as dúas pernas.
Atravésame unha e outra vez
O camiño da néboa
O código de luces dos faros
Cando o palangre ole ós restos da suor
E os homes traen
O que lles deixa a fame.
Acálame a voz
Da cidade e dos adornos
Os parques visitados con anaquiños de miga
Onde os cisnes dormen
Para non voar máis lonxe.
Atravésame unha e outra vez
Polas entranas da carne
Falándome os teus ollos
Dos deuses e das algas
De cantos son os que ficaron
Apreixados nas dunas
E se me quedan forzas
Para regresar ás veces.
Tócame o teu núcleo
Da porta para dentro
Nas xanelas de enfronte
A penas nos recordan
E podemos xuntos mastigar sen presas
O aire irrespirable do bordel.
Sobre o leito
O vento se divide
E ti me pasas a dolor
Das árbores das rochas e da casa
Descifras a marea nun vaso de Vodka
Hoxe non viches como amencía
Foi bonito
Hoxe non viches como amencía
E foi bonito.
Estevo Creus (1971)
Cee - A Coruña (Galiza)
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E atravessados pela barriga
Ela e eu
Morremos juntos cada mes
Como se a cera das ruas
Estivesse mais espessa
E os barcos afundassem
Sob a pele das gruas.
Explica-me sem ferir-me
O trânsito do deserto
Quantas são as crianças
Que morreram nos portais
Deixando os lábios
Vazios de memória
Quantos são os animais que nos restam
E quem nos roubou o abecedário dos olhos.
Canta-me outra vez a canção da baleia
Enquanto absorves o rasto do meu nome
Enquanto me enches o lombo de cristais
E o coração se constrói
No latido oposto.
Diz-me se se pode medir
A distância que separa
A tua boca do meu ventre
O cemitério de peixes
Onde habitam as algas
O lugar exacto dos corpos
Onde nos matamos cada vez
Mais juntos.
Arrisca-me os braços
As medusas
Ao jogo da pedra
Dói-me a hora em ponto em que nascemos
E se me restam ondas
Quiçá entre as duas pernas.
Atravessa-me uma e outra vez
O caminho da névoa
O código de luzes dos faróis
Quando o palangre cheira aos restos de suor
E os homens traem
O que lhes deixa a fome.
Cala-me a voz
Da cidade e dos adornos
Os parques visitados com pedacinhos de pão
Onde os cisnes dormem
Para não voar mais longe.
Atravessa-me uma e outra vez
Pelas entranhas da carne
Falando-me os teus olhos
Dos deuses e das algas
De quantos são os que ficaram
aprisionados nas dunas
E se me restam forças
Para regressar às vezes.
Toca-me o teu núcleo
Da porta para dentro
Nas janelas de frente
Apenas nos recordam
E podemos juntos mastigar sem pressas
O ar irrespirável do bordel.
Sobre o leito
O vento se divide
E tu me passas a dor
Das árvores das rochas e da casa
Decifras a maré num copo de Vodka
Hoje não viste como amanhecia
Foi bonito
Hoje não viste como amanhecia
E foi bonito.
[trad: cas]
Pasa un río por dentro dos seres,
das cousas.
Un río nos une e nos xunta e nos separa
como o fío dun colar de pérolas
que falan e caen.
(O fío deste colar
pode descolgarse do peito, dispoñerse
en figura azarosa sobre dunha manta
ou desunirlle os estremos e estarricalo
para que un se imaxine un río).
E as palabras poden estirarse, e,
se nos emocionamos,
só elas son reais e tan súbitamente
delgadas como un fío de cana sorprendido
coa captura dun peixe
de ollos sobresaíntes, estraño e abrupto.
Podemos, asemade, dubidar
do real das palabras (algo teñen de aire e de río),
mais ás veces, de entre todas as cousas,
só elas son densas, plenas, delgadas,
e suspendidas por un fío
que ningún peixe grande rompe,
inda que as leve para lonxe.
***
Francisco Candeira (1961)
Lisboa
*******************************************
Passa um rio por dentro dos seres,
das coisas.
Um rio nos une e nos junta e nos separa
como o fio dum colar de pérolas
que falam e caem.
(O fio deste colar
pode desprender-se do peito, dispor-se
em figura casual sobre uma manta
ou desunir-lhe os extremos e esticá-lo
para que se imagine um rio).
E as palavras podem estirar-se, e,
se nos emocionamos,
só elas são reais e tão subitamente
delgadas como um fio de pesca surpreendido
com a captura dum peixe
de olhos salientes, estranho e abrupto.
Podemos, ao mesmo tempo, duvidar
do real das palavras (algo têm de ar e de rio),
mas às vezes, de entre todas as coisas,
só elas são densas, plenas, delgadas,
e suspensas por um fio
que nenhum peixe grande rompe,
ainda que as leve para longe.
[trad: cas]
Na laranxa que filtran os teus brazos
cando me fas entrar no teu dominio,
nos peros onde enauga o meu designio
oculto como o mar e os seus argazos,
nas mazás do pecado, nos abrazos,
degoiro ser Adán, sen raciocinio,
no pexego zugado en condominio,
desexo ata morrer coma pedrazos,
no líquido azucrado que me dás,
que bebo pouco a pouco, con agrado
pois acórdame o odor dunha begonia,
na laranxa, nos peros, nas mazás,
no pexego e no líquido azucrado
degoiro o teu sabor de macedonia.
***
Miro villar (1965)
Cee - A Coruña (Galiza)
***************************
Na laranja que filtram os teus braços
quando me fazes entrar no teu domínio,
nas peras onde desagua o meu desígnio
oculto como o mar e os seus sargaços,
nas maçãs do pecado, nos abraços,
desejo ser Adão, sem raciocínio,
no pêssego sugado em condomínio,
desejo até morrer em mil pedaços,
no líquido açucarado que me dás,
que bebo pouco a pouco, com agrado
pois recorda-me o odor duma begónia,
na laranja, nas peras, nas maçãs,
no pêssego e no líquido açucarado
desejo o teu sabor de macedónia.
[trad: cas]
No mencer da herba mol
caieu unha estrela viva
¡ai amor!
Rompeu seus ollos albeiros
como o son da miña amiga
¡ai amor!
Rompeu os cabelos verdes
neve de sal namorada
¡ai amor!
Rompeu seu ver de ladeira
color de donda laranxa
¡ai amor!
Rompeu a súa voz de escumas
segredo de eclipse morna
¡ai amor!
Rompeu seu andar lixeiro
e o mar longa da súa cola
¡ai amor!
Rompeu a súa vida nova
i os seus relembros perdidos
¡ai amor!
Rompeu a súa morte fria
e a luz crara dos seus picos
¡ai amor!
***
Álvaro Cunqueiro (1911-1981)
Mondoñedo - Galiza
****************************************+
No amanhecer da erva branda
caiu uma estrela viva
ai amor!
Rompeu seus olhos brancos
como são os da minha amiga
ai amor!
Rompeu os cabelos verdes
neve de sal namorada
ai amor!
Rompeu seu ver de ladeira
cor de suave laranja
ai amor!
Rompeu a sua voz de escumas
segredo de eclipse morna
ai amor!
Rompeu seu andar ligeiro
e o mar longo da sua cauda
ai amor!
Rompeu a sua vida nova
e as suas lembranças perdidas
ai amor!
Rompeu a sua morte fria
e a luz clara dos seus picos
ai amor!
[trad: cas]
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas