Aonde antes podia chegar, a noite
formava um recado sujo e a certeza
de um mundo repetível, um espelho
quebrado - tantas as lâminas
como as memórias.
Aonde antes podia chegar, a noite
transportava um remetente aguardado,
nocturno, guiava-me pela memória
de desabitados lampiões.
Aonde depois cheguei, a noite
reescreveu à pressa o coração.
E riscou a morada,
para não ter outro regresso.
***
rui miguel ribeiro
***************************
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas