Dispostas, cruciformes, sobre o linho,
desbotadas nos peitos e nas costas,
nos pratos,
vírgulas a esmo na paisagem,
urbanas reticências.
Feitas fotografia e problema,
circunspectas, circunflexas, as casas
com persianas, portadas e cortinas,
paroxítonas, reflexas.
Entre flores e aspas,
beliscaduras,
vícios e virtudes
e parêntesis.
Ponto final. Parágrafo.
Seus perfumes,
dois pontos: –
a rio e mar, por certo os teus
cabelos
as tuas mãos também
por onde passam, pousam estas letras.
in 27 Poemas
***
António Rebordão Navarro (1933)
Porto - Portugal
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas