Já não cabe no peito todo o fumo
engasgado dos dias dos charros fumados
dos ódios que não posso adiar
sufoca a vontade de gritar
noite adentro ao relento
até atingir o próximo fôlego
estar vivo viver e tentar vencer
espuma e baba escorrem da boca
o suspiro travado nos lábios
que se negam a beijar a amar
a sussurrar-te que ainda vivo existo
e votar tudo ao abandono
pressinto o abismo a náusea
o espamo ante o derradeiro suspiro
a seta enterrada na têmpora
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Guita Jr.
Moçambique
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