Nunca faltou quem me quisesse porque sempre fui dor.
Colchão d’água, ira da hidra contra criatura,
Herança.
Nunca faltou quem lhe quisesse
cheiro exalando da ferida que não fecha, ira do corpo contra a criatura,
Bastança.
Nunca faltou quem te quisesse
alinhavo frio, tripa de carneiro, organismo, ira de deus contra a criatura,
Vingança.
Nunca faltou quem vos quisesse
placebo quando não há morfina e o coração vacila e o corpo flutua e a nostalgia da dor [inicia a cura: folia de quem lava as mãos com formol depois de formalizada atadura.
Esperança: luz escura da lembrança.
***
adriana versiani
*******************************
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas