A tristeza a urze,
as armas feridas
de ferrugem.
Esquecer com toda a
memória o seu corpo
molde de serpentes.
Queimada jaz a carne, o nervo
da electrocussão
e da voltagem
sem volta;
agora é o colírio
do morcego, o ocaso
de electrões,
agora um cipreste bruxuleia,
as bruxas chiam.
A sólida trave
apeia-se desolada de bravos cavalos
e desce ao povoado.
Agora esquecer:
aquecer a ciência do malte
e descurar
o seu corpo
cedro magnífico,
os seus olhos
miraculosas ampolas.
***
Daniel Jonas
Porto - 1973
*****************************
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas