De estrelas nada sei
Nem mesmo os nomes
Bizarros
Com que as usam baptizar
Prefiro fitar
A negra que passa
Altiva
De nádegas espetadas
A beleza bamboleante
Feita de carnes rijas, africanas
Fremindo
No balanço das passadas
Ou, melhor ainda
A tímida magrebina
Aviltada
no lenço que a quer suprimida
No escuro dos seus olhos
Arpeja um ódio selvagem
Febril
De lascívia apenas pressentida
De estrelas nada sei
A não ser, talvez, a imensidão
Profunda
Deste olhar
***
Adolfo Luxúria Canibal
Luanda - 1959
**************************************
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas