Nada no horizonte
a não ser eu e sou montanha
olhando outro horizonte
onde de novo estou
e sou floresta.
Não há festa
como nascer nascente
e vir cantando
rolando seixos na corrente.
Seja o meu corpo vale
o meu coração pedra
o meu sangue regato
os meus cabelos vento
e em paz existo mas
não penso
dispenso
sendo
o pensamento.
in Poemas Escolhidos e Dispersos
(Roma Editora)
***
Rosa Lobato de Faria (1932)
Lisboa - Portugal
adelia prado(5)
adilia lopes(8)
al berto(6)
alba mendez(4)
anxos romeo(4)
augusto gil(4)
aurelino costa(11)
baldo ramos(6)
carlos vinagre(13)
daniel maia - pinto rodrigues(4)
fatima vale(10)
gastão cruz(5)
jaime rocha(5)
joana espain(10)
jose afonso(5)
jose regio(4)
maite dono(5)
manolo pipas(6)
maria lado(6)
mia couto(8)
miguel torga(4)
nuno judice(8)
olga novo(17)
pedro mexia(5)
pedro tamen(4)
sophia mello breyner andressen(7)
sylvia beirute(11)
tiago araujo(5)
yolanda castaño(10)
leitores amigos
leituras minhas
leituras interrompidas