Amo os teus defeitos, e tantos
eram, as tuas faltas comigo
e as minhas; essa ênfase
de rechaçar por timidez; solidão
de fazer trepadeiras, agasalhos
para velhos, depois para netos;
indulgência de plantar e ver
o crescimento da oliveira do paraíso,
carregada de flores persistentemente
caducas; essa autoridade, irremediável
desafio; e astúcia
de termos ambos quase a mesma cara.
***
António Osório (1933)
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